A anemia e baixa de testosterona são mais diagnosticadas em pacientes mais velhos. A prevalência de anemia é de aproximadamente 10% em adultos mais velhos e tende a ser maior em homens que em mulheres. Várias causas de anemia em idosos são reconhecidas, incluindo deficiências de ferro e vitamina B12, inflamação crônica e doença, insuficiência renal crônica e síndromes mielodisplásicas.
Em aproximadamente um terço dos adultos mais velhos com anemia, no entanto, nenhuma causa reconhecida pode ser encontrada. Além disso, nenhum tratamento foi mostrado para melhorar esta anemia inexplicada.
Ela é definida quando a hemoglobina é menor ou igual a 12.7 g/dL. As principais causas de anemia são:
Os anêmicos que não preenchiam nenhum desses critérios são classificados como portadores de anemia inexplicada. Além disso, há casos que sua origem pode ser multifatorial.
Um estudo recente americano multi-institucional, em 12 centros médicos, avaliou se a reposição de testosterona em homens com mais de 65 anos. Assim, a baixa de testosterona foi considerada quando a testosterona era menor que 275 ng/mL. O tratamento foi considerado favorável se a concentração de hemoglobina aumentasse 1,0 g/dL. Os pacientes foram acompanhados por 12 meses de junho de 2010 a junho de 2014.
O estudo era duplo-cego, tratados versus controles ou não-tratados, com níveis de testosterona de menos de 275 ng/dL. Dos 788 participantes, 126 eram anêmicos (hemoglobina 12,7 g/dL), 62 dos quais não tinham causa conhecida. O tratamento foi feito com gel de testosterona, a dose ajustada para manter os níveis de testosterona normais para homens jovens, ou gel placebo por 12 meses.
Resultados: Os homens tinham uma média de idade de 74,8 anos. O índice de massa corporal (IMC) (calculado como peso em quilogramas dividido pela altura em metros quadrados) de 30,7 e 84,9% eram brancos.
O tratamento com testosterona resultou em uma maior porcentagem de homens com anemia inexplicada que depois de 1 ano, o níveis de hemoglobina aumentou em 1,0 g/dL ou mais em relação ao valor basal (54%) do que em placebo (15%) (OR ajustada, 31,5; IC95% 3,7-277,8; p =0,002). Além disso, houve um maior percentual de homens que em 1 ano não estavam mais anêmicos (58,3%) em comparação com placebo (22,2%) (OR ajustada, 17,0; IC 95%, 2,8-104,0; p =0,002).
O tratamento com testosterona também resultou em uma porcentagem maior de homens com anemia de causa conhecida, que depois de 12 meses, os níveis de hemoglobina aumentaram em 1,0 g/dL ou mais (52%) do que o placebo (19%) (OR ajustada, 8,2; IC 95%, 2,1-31,9; p =0,003). O tratamento com testosterona resultou em uma concentração de hemoglobina de mais de 17,5 g/dL em 6 homens. Assim sendo, estes pacientes não tinham sido considerados anêmicos no início do estudo.
Conclusões: Entre homens mais velhos com baixos níveis de testosterona, o tratamento aumentou significativamente os níveis de hemoglobina daqueles com anemia inexplicada, assim como aqueles com anemia de causas conhecidas. Esses aumentos podem ser clinicamente significativos, como sugerido pela magnitude das alterações e pela correção da anemia na maioria dos homens. Porém, os benefícios gerais para a saúde ainda precisam ser estabelecidos.
Portanto, a medição dos níveis de testosterona pode ser considerada em homens com 65 anos ou mais que apresentam anemia inexplicável e sintomas de baixos níveis de testosterona. Assim sendo, a reposição de testosterona pode ser bem indicada para alguns pacientes com hipogonadismo. Desta maneira, pode-se melhorar suas qualidades de vida.
Desta maneira, este estudo mostra claramente que a reposição de testosterona pode desempenhar papel importante no tratamento de pacientes com anemia. Portanto, pode ser facilmente melhorada com a sua reposição. Assim sendo, os idosos têm que diagnosticados por suspeita do hipogonadismo que pode causas sintomas importantes, com queda da sua qualidade de vida.
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