O câncer de pênis deve ser suspeito para toda lesão vegetante, endurecida, ulcerada ou ferida avermelhada que não cicatriza. Por isso, lesão peniana com seu crescimento progressivo é câncer até prova do contrário.
A lesão causa deformação vegetante na glande ou na haste peniana. O diagnóstico do câncer de pênis geralmente é feito com mais de seis meses do seu aparecimento. Em mais de 80% dos casos as lesões acometem a glande.
Na maioria, os pacientes não são postectomizados, ou seja, apresentam prepúcio (pele que recobre e protege a glande). Os portadores de fimose apresentam esmegma, que é irritativo para a mucosa. Eles são mais predispostos a doença, enquanto que os pacientes operados são mais resistentes ao seu desenvolvimento. Raros casos são registrados em postectomisados. Além disso, a postectomia também protege de outras doenças, como as sexualmente transmissíveis.
A doença é mais incidente em pacientes com fimose, com infecções pelo HPV e HIV, fumantes, com má higiene genital, de baixo nível sócio-econômico, com doença balânicas crônicas, relação sexual com animais (zoofilia) e que vivem em zona rural. Mais ainda, os pacientes promíscuos e com má higiene genital são mais afetados.
O paciente com fimose ou seja, que não expõe a glande, o diagnóstico é difícil, pois a lesão está encoberta pelo prepúcio. A palpação pode-se notar irregularidade na superfície da glande.
A lesão prolifera escondida. Este paciente geralmente apresenta lesão mais avançada e infiltrativa. Geralmente, a lesão está infectada e sai secreção purulenta pelo orifício prepucial fechado. O jato miccional pode se tornar filiforme pela obstrução prepucial.
O resíduo urinário no prepúcio predispõe a irritação crônica da mucosa favorecendo a disseminação de metástase. O tumor cresce sobre um rico sistema vascular, os corpos cavernosos e esponjosos. Todavia, o predomínio da disseminação é linfática.
À palpação, é possível sentir a lesão endurecida, fixa a pele prepucial ou a glande. Para realizar o diagnóstico é preciso anestesiar para expor a lesão e realizar biópsia do tumor.
A lesão é avermelhada e pruriginosa na fase inicial. Por outro lado, a fase avançada causa dor. Assim como, geralmente há infecção secundária na lesão. Por isso, a proliferação bacteriana causa odor pútrido oriundo da lesão primária. Saiba quando operar fimose em: https://www.drfranciscofonseca.com.br/bkp-2021/fimose-e-a-cirurgia-postectomia/
Bactérias anaeróbias proliferam em lesões necróticas. A infecção tumoral elimina odor fétido. Por isso, acabam afastando o paciente do seu convívio social. Os pacientes ficam constrangidos e envergonhados. Além disso, se isolam e por incrível que pareça, não procuram ajuda médica.
A neoplasia pode destruir o pênis, causando endurecimento das estruturas profundas invadidas pela neoplasia. Além disso, pode encurtar a haste peniana por necrose tumoral e infecção. O medo da procura médica está ligado ao tratamento da lesão primária, a amputação do pênis.
Os antibióticos nas lesões extensas e necróticas não são efetivos, Tanto de uso local como sistêmico. Cirurgias paliativas podem ser necessárias para melhorar a situação clínica desastrosa destes pacientes. A cirugia oferece um mínimo de dignidade para enfrentar a progressão da doença, que nesta fase geralmente é incurável.
A neoplasia tem crescimento lento e progressivo, com consequente invasão da haste peniana. Pode ocorrer infiltração das túnicas albugínea protetora dos corpos cavernosos ou esponjoso. Contudo, os tumores mais indiferenciados crescem rapidamente.
A infecção que acompanha a lesão aumenta a dor tanto no tumor primário como nos linfonodos da região ínguinocrural. Os primeiros linfonodos comprometidos podem ser os superficiais ou os profundos. Todavia, tudo depende da invasão da neoplasia na haste peniana. Portanto, as lesões mais invasivas no pênis causam metástases para os linfáticos inguinocrurais profundos.
As lesões invasivas são tratadas por amputação parcial ou total. A doença como metástase inguinocrural. Por isso, é tratada pela linfadenectomia inguinal bilateral.
Não há nenhuma predileção para o lado da disseminação linfática inguinal. Assim, é explicado por que ocorre cruzamento do linfáticos na base do pênis. Desta maneira, é observado em 60-85% dos pacientes.
No câncer de pênis, 50% dos linfonodos estão clinicamente endurecidos na região inguinal têm câncer. Por outro lado, quando não se palpa linfonodos suspeitos há 20% têm metástases. A linfadenectomia pode salvar o paciente com câncer metastático.
Os pacientes procuram médico na fase da doença em franca progressão. Na fase avançada da doença há comprometimento da doença nos linfonodos. Quando infectados se proliferam e podem ulcerar na região ínguinocrural. A doença é irrecuperável. A doença não é curável pelos meios terapêuticos hoje existentes.
A metástase visceral só ocorre na fase muito avançada. Por isso, a caquexia e a infeção oportunista pode sobrevir a órgãos distantes causando a morte.
Outra razão frequente para morte do paciente pode ser causada pela invasão do tumor nos vasos femorais. Desta maneira, há acometimento dos linfonodos pela neoplasia e infecção da doença em progressão. Por isso, causa sangramento incoercível em úlcera ínguinocrurais. Saiba mais em: https://uroweb.org/guideline/penile-cancer/
O mais importante é procurar urologista o mais rápido possível. Lesão crônica no pênis que não cure ou cicatrize pode ser câncer. Isto pode salvar sua vida. É possível tratar o câncer de pênis sem muita sequela.
Previna-se de lesões pre-existentes no pênis.
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