Cirurgia robótica veio para ficar, mas ainda em nosso país é pouco utilizada pelos seus gastos. É restrita a classe social mais alta. Todas as outras técnicas de cirurgia obtém os mesmos resultados funcionais e de cura para doença em tratamento. Em algumas situações clínicas, sem dúvida, realmente a cirurgia robótica é mais vantajosa.
Em setembro/2017 havia uma base de cirurgia robótica instalada de 4.271 robôs da Vinci em todo o mundo. Destes, 2.770 nos Estados Unidos, 719 na Europa, 561 na Ásia e 221 no resto do mundo. Entretanto, no Brasil, em julho/2017 havia 31 robôs.
Assim sendo, observe as diferenças entre as nações em desenvolvimento e as desenvolvidas. Vejam só a dimensão do atraso que estamos! No Brasil, o robô da Vinci para uso cirúrgico da companhia americana Intuitive, existe em apenas centros médicos mais desenvolvidos. Portanto, a maioria da população não tem acesso, exceto em centros de ensino médico. Há enorme restrições do uso do robô pelos gastos para se aplicar na rotina médica.
A cirurgia robótica tem papel no tratamento de muitas doenças em vários órgãos. É mais utilizada no aparelho digestivo, genital masculino e feminino e urinário. Mas pode ser usado em cirurgia cardíaca e otorrinolaringologia. Entretanto é mais usada em cirurgia do câncer de próstata. A principal razão é localização profunda do órgão na pelve, de complexa vascularização e inervação. Ao seu lado e com íntimo contato com a próstata passam as bandas neurovasculares. Elas são responsáveis pela ereção. Por isso, sua lesão implica em disfunção eréctil pós-operatória.
A cirurgia robótica é um avanço da laparoscópica. Houve melhoria nos sistemas integrados usado durante a cirurgia. O sistema passa visualização em 3D, e por isso melhorou a definição das estruturas anatômicas. Desta forma há melhor precisão na dissecção entre os planos cirúrgicos.
O robô realiza movimentos de 540 graus. Por outro lado, a nossa mão permite movimentos de 270 graus. A robótica, portanto, tornou a cirurgia mais fácil.
O aprimoramento dos métodos de imagem favoreceu a identificação das lesões neoplásicas nos órgãos.
A extensão do tumor é importante para planejar a cirurgia. A robótica pode melhorar a precisão da margem para que não fique câncer.
O princípio básico da cirurgia oncológica é a remoção do câncer com margens livres de neoplasia. Sem atingir esta meta, a doença não é removida totalmente e por isso o paciente pode evoluir com recidiva da doença. Portanto, o médico deve entender a extensão da doença para realizar com êxito a ressecção do tumor. Caso contrário, nada adiantará ter uma ferramenta precisa se o procedimento for executado de forma imperfeita. Quem comanda o robô é a mente humana e para tal, o piloto da máquina é a peça principal.
A cirurgias aberta segue os mesmos princípios da cirurgia laparoscópica e robótica. O robô é a mais moderna tecnologia cirúrgica. Os conhecimentos de vários cientistas de diferentes áreas foram usados para a construção do robô. Quantos cérebros privilegiados foram usados para que se pudesse construir esta máquina. Entretanto, com certeza outros avanços serão incorporados.
Pensar com seriedade exige obstinação para atingir a perfeição. Estes avanços são sempre bem vindos no mundo e a Medicina nunca parou seus avanços em tecnologia. No passado cada avanço era celebrado, e ao contrário, hoje as pessoas responsáveis por estes avanços são pouco conhecidas. O mundo está andando rápido demais. Basta ver o que é a Internet.
Com o robô, pode-se realizar cirurgia intercontinental. Paciente de um lado e cirurgião do outro. Parece incrível, mas já é realidade. Diga-se de passagem, este projeto começou na NASA para operar seus soldados à distância. Estas pessoas incríveis estão nas universidades. O investimento científico sempre esteve amparado pelo governo e de companhias particulares. O investimento financeiro traz progresso e gera capital!
Deve-se aplicar recursos aos cérebros virtuosos em nosso país. Caso contrário, sem eles seremos eternos compradores de tecnologia, pagando o ônus da ignorância. Realmente, este país precisa mudar! Para isso, depende de pessoas de boa intenção para que possamos melhorar, e por consequência ser uma sociedade plena e mais vantajosa para todos.
Outra vantagem inequívoca do robô é a proximidade do campo operatório onde se realiza a cirurgia. A visibilidade permite maior precisão para o corte com tesoura ou a confecção de anastomose.
Em pacientes obesos, onde o campo operatório é profundo, o robô tem clara vantagem sobre a cirurgia aberta. O robô e a laparoscopia permitem a distensão da cavidade abdominal com gás carbónico, com separação os órgãos. A mesa cirúrgica é colocada em proclive e essa forma deixando mais espaço para que as pinças sejam usadas livremente.
Em cirurgia aberta não existe sistema sob pressão e por isso, quando um vaso é seccionado, com consequente maior sangramento. Para diminuir o sangramento em cirurgia aberta exige-se do cirurgião maior perícia e portanto, maior destreza e habilidade técnica. A cirurgia laparoscópica ou robótica são chamadas de minimamente invasivas.
Um prostatectomia radical aberta bem executada há perda de 500-600ml de sangue e na robótica 150-200ml. Caso queira saber sobre os cuidados pré-operatórios da prostatectomia radical.
Cirurgias mais complexas são sempre desafiadoras. Apenas cirurgiões com maior conhecimento conseguem realizá-la com perfeição e com pouca perda sanguínea. A cirurgia robótica proporcionou que cirurgiões menos capazes tecnicamente realizem cirurgias mais complexas. Portanto, a técnica apurada é do cirurgião e não do robô.
A habilidade nos é dada pelo criador. Logo, existem cirurgiões que nasceram para exercer o ofício. Todavia, mesmo para os mais privilegiados, exige-se dedicação para atingir a perfeição.
Ninguém nasce sabendo, recebe-se apenas o dom, que deve ser sempre aprimorado. Nunca estamos plenamente preparados. Cada paciente e cada cirurgia tem sua própria história. Conhecer o que vamos tratar e quais as saídas possíveis exige tática cirúrgica apurada. Para isso, rapidez de raciocínio para solucionar os desafios impostos de forma súbita durante a cirurgia. Neste momento, temos um cirurgião bem formado. Saiba mais sobre a cirurgia robótica.
Outro avanço na cirurgia robótica foi proporcionada pela tecnologia usada para se realizar a coagulação dos vasos. O sistema de energia bipolar pode ser usado com maior eficácia para realizar esta função importante durante a cirurgia. A energia bem aplicada causa menor agressão aos tecidos. Então, com menos lesão há melhor recuperação pós-operatória.
A cirurgia robótica veio para ficar e deve-se qualificar novos cirurgiões. Aprender com os mais experientes deve ser a regra para o sucesso almejado do procedimento. Por tudo isso, a cirurgia não é apenas técnica.
O paciente é a figura central e isso deve-se aplicar os avanços tecnológicos para minimizar efeitos colaterais.
O paciente que deve ser tratado com zelo para se atingir o restabelecimento pleno da sua saúde. Deve-se respeitar os princípios éticos da Medicina por toda equipe durante sua internação. Cada um é fundamental para este sucesso.
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https://www.intuitivesurgical.com/
https://med.nyu.edu/robotic-surgery/physicians/what-robotic-surgery