O exame do PSA foi introduzido em 1986. O PSA é usado no diagnóstico e seguimento dos pacientes com câncer de próstata. Além disso, pode monitorar o tratamento após cirurgia, radioterapia e hormonioterapia.
As sociedades urológicas e oncológicas vêm reavaliando o PSA para definição das diretrizes de normas e condutas sobre o tema. Estas mudanças são decorrentes da análise de pacientes em diferentes continentes, muitas vezes para o diagnóstico ou tratamento da doença.
Muitos casos de câncer de próstata não são clinicamente evidentes, conforme foi demostrado em autópsias. O diagnóstico microscópico do câncer ocorre em torno de 40% em homens com 50-59 anos e 70% aos 60-69 anos. Por isso, o câncer de próstata cresce lentamente. Desta maneira, muitos homens morrem de outras causas, sem que o câncer se manifeste.
Atualmente, um grande problema que vem sendo discutido em congressos está relacionado ao diagnóstico precoce da doença. Por consequência, de que ainda não se sabe qual é a melhor maneira para diagnosticar o paciente que realmente precisa ser tratado. Portanto, ainda temos que avançar no diagnóstico. Por isso, possivelmente a resposta está no avanço da biologia molecular.
Muitos pacientes podem ser portadores de câncer de próstata, com doença mínima e sem agressividade. Todavia, jamais causarão redução de tempo de suas vidas.
Por consequência, muitos pacientes diagnosticados podem ser portadores de doença mínima.
O rastreamento está associado com danos menores e maiores. Portanto, pode ocorrer excesso de diagnósticos e de tratamentos.
Por isso, o rastreamento populacional é feito em homens assintomáticos e com risco para desenvolver a doença. É realizado por órgãos governamentais.
A detecção precoce do câncer de próstata consiste na avaliação da próstata pretendida pelo próprio paciente ou pelo seu médico. Portanto, o objetivo é reduzir a mortalidade, manter a qualidade de vida ajustada pelo ganho de anos de vida.
Os estudos randomizados (grupo controle, descobertos ao acaso versus grupo com pesquisa ativa para o diagnóstico) mostraram os seguintes achados:
Após uma média de seguimento de 11 anos, o rastreamento randomizado do câncer de próstata mostrou redução de 21% na mortalidade pelo câncer. No entanto, não foi observado benefício de sobrevida global (morte por qualquer causas).
O ganho de vida depois de 10 anos ocorre pelo caráter crônico do câncer de próstata, em consequência do longo tempo para progressão da doença. Assim, a detecção precoce pode ser oferecida a homem bem informado e com 10 a 15 anos de esperança de vida. No entanto, esta abordagem está associada com excesso de diagnóstico. Por isso, homens com doenças graves não devem ser submetidos a detecção precoce do câncer de próstata.
O primeiro PSA pode ser usado para discriminar homens em risco e além disso, que precisam de seguimento clínico constante. No entanto, o benefício a longo prazo para sobrevida e qualidade de vida deve ser comprovada a nível populacional.
Investigação feita no Memorial Sloan Kettering Cancer Center mostrou que o PSA feito dos 45 aos 60 anos. Assim, o PSA é o mais poderoso preditor do seu risco de desenvolver câncer de próstata.
Com que frequência você precisa realizar o exame do PSA e outros testes adicionais dependem de vários fatores, como:
Portanto, deve-se criar uma estratégia individualizada para o diagnóstico do câncer de próstata.
Por isso, o risco para a detecção precoce pode ser oferecido a homem bem informado, com boa condição clínica e com pelo menos 10-15 anos de esperança de vida.
A pesquisa clínica para detecção precoce do câncer de próstata deve ser indicada individualmente.
Se seu PSA for 3 ng/ml ou maior: considerar biopsia de próstata
Se seu PSA for maior que 1 e menor que 3 ng/ml: repetir o PSA cada 2-4 anos
Se seu PSA for menor que 1 ng/ml: repetir PSA em 5 anos
Se seu PSA for 3 ng/ml ou maior: considerar biopsia de próstata
Se seu PSA for maior que 1 e menor que 3 ng/ml: repetir PSA cada 2 anos
Se seu PSA for menor que 1 ng/ml: nenhum exame mais para detecção
Nenhum rastreamento, a menos que nunca tivesse feito previamente o PSA
Uma estratégia de risco individualizado para a detecção precoce pode ser oferecido a homem bem informado, com uma boa situação clínica e pelo menos 10-15 anos de esperança de vida.
O exame do PSA deve ser feito para homem com risco aumentado de ter câncer de próstata:
A estratégia risco adaptada deve ser considerada, baseada no PSA inicial. Deve ser realizado cada 2 anos nos pacientes com risco inicial e postergada para 8 anos naqueles sem risco inicial. Saiba mais sobre o diagnóstico e tratamento do câncer de próstata.
A idade para que se pare de fazer o diagnóstico precoce é influenciada pela expectativa de vida. Desta maneira, homens com expectativa de vida menor que 15 anos não se beneficiarão do diagnóstico precoce.
Associação americana de câncer recomenda fazer exame do PSA depois dos 50 anos e não deve ser feito se a expectativa de vida for menor que 10 anos.
O colégio americano de medicina considera que apenas homens com vontade de pesquisar câncer de próstata devam ser investigados. De preferência, entre os 50 e 69 anos. Por isso, é contrário a detecção para homens com menos de 50 e com mais de 69 anos ou com expectativa de vida menor que 10 a 15 anos.
As sociedades americanas e europeias são contra a detecção em massa do câncer de próstata sob o ponto de vista da saúde pública.
O diagnóstico precoce individual é possível, baseado na combinação do exame do PSA com o toque retal. Por isso, a sua utilização aumenta a taxa de detecção do câncer de próstata.
Estudo multicêntrico de triagem com 6.630 homens relataram taxa de detecção de
O exame de PSA detectou mais câncer de próstata do que exame de toque retal, 82% contra 55%. Contudo, no geral 45% dos câncer de próstata foram detectados apenas pelo PSA e apenas 18% foram detectados por exame digital.
A detecção precoce exige consentimento informado do paciente e por isso, a decisão deve ser compartilhada com seu médico.
Para concluir, a detecção do câncer de próstata requer discussão sobre o procedimento. Por isso, deve-se levar em conta o risco do paciente, sua idade e além disso, sua expectativa de vida.
O intervalo para a triagem de acompanhamento depende da idade do paciente e o do nível do exame do PSA inicial.
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