O hormônio masculino, a testosterona, se estiver baixa, quando normalizada, melhora a força muscular e o performance físico do organismo. Ele age diretamente e/ou nos receptores de membrana da músculo estriado do nosso organismo e inclusive no miocárdio. Por esta razão, a queda do hormônio masculino sanguíneo causa perda da massa muscular, com consequente atrofia.
A reposição da testosterona sanguínea em pacientes hipogonádicos aumenta a síntese proteica e a hipertrofia dos cardiomiócitos e do sistema cardiovascular. No pós-infarto agudo do miocárdio, a suplementação do hormônio masculino aumenta a hipertrofia do ventrículo esquerdo, sem aumentar o colágeno, aumenta a expressão da -miosina e diminui a -miosina, e melhora a função cardíaca. Portanto, diminui a injúria do cardiomiócito, mas a reposição hormonal não aumenta a massa do miocárdio.
O prolongamento do intervalo QT representa um fator de risco para arritmias ventriculares. Esteróides sexuais estão envolvidos na determinação das diferenças morfológicas da repolarização ventricular entre homens e mulheres. O intervalo QT nos homens é menor do que nas mulheres (450 versus 470 ms). Desta maneira, a diferença pode ser explicada pelas diferenças nos níveis hormonais.
O aumento da testosterona diminui a duração do intervalo de QT no eletrocardiograma. Assim sendo, entre fisiculturistas profissionais que ingerem doses suprafisiológicas de esteróides anabolizantes, um QT mais curto de <= 380 ms foi observado. Homens hipogonádicos demonstraram ter um maior incidência de QT prolongado. Desta maneira, a baixa da testo aumenta a fibrilação atrial. Por outro lado, a reposição do hormônio a previne.
O uso de remédios para normalização da arritmia associado a ação da testo devem favorecer a estabilidade da condução elétrica nas fibras do miocárdio. Assim sendo, os cardiologistas devem aplicar estes conhecimentos para os pacientes sabidamente hipogonádicos.
Há muito tempo se sabe que a administração aguda ou crônica de testosterona é benéfica na angina peitoral. A infusão direta de testosterona em condições fisiológicas causa vasodilatação coronariana aguda em pacientes com doença cardiovascular.
A reposição hormonal pode não aumentar a fração da ejeção do ventrículo esquerdo. Entretanto, aumenta a capacidade respiratória no exercício e melhora a capacidade física dos músculos estriados do corpo de forma significativa.
Terapia com hormônio masculino em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, combinados com um programa de reabilitação de exercício, demonstrou desfechos clínicos favoráveis. Desta maneira, houve aumento máximo do VO2, da fração de ejeção e consequente melhor capacidade de exercício.
Homens avaliados com angiografia coronariana, a gravidade da aterosclerose coronariana foi altamente relacionada a níveis mais baixos de testosterona. Outros estudos avaliando a artéria carótida através da ultrassonografia evidenciaram que o baixo nível de testosterona total estava associado à maior média da espessura da intima da carótida, com área total da placa de carótida e com claudicação intermitente.
A ação da testosterona na reposição nos vasos sanguíneos ocorre de minutos a horas. Desta maneira, melhora a função endotelial, reduz a resistência periférica, reduz a rigidez arterial e facilita a vasodilatação coronariana.
A reposição do hormônio diminui quatro vezes a taxa de readmissão hospitalar em pacientes com insuficiência cardíaca grave em 1 ano (80% sem reposição e 20% com reposição). E no mesmo período melhorou de forma significativa a mortalidade neste período (de 55% sem reposição para 20% com reposição).
A testosterona total e livre, tanto abaixo como acima da normalidade fisiológica, são fatores de risco para que o acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio. Nos pacientes com baixa horm0nal, o risco é duas vezes mais que a testosterona sanguínea normal . Portanto, o que se deve fazer para promover a saúde do paciente é repor a testosterona normal para a idade do paciente. Por outro lado, quando se eleva o nível da testosterona há um risco importante que efeitos colaterais apresentem dano ao sistema circulatório.
A mortalidade global em homens com testosterona baixa em um seguimento de 8 anos foi de 45%. Por outro lado, em homens com testosterona normal foi de 28%. Vários estudos mostram a mortalidade foi o dobro em pacientes com hipogonadismo. Portanto, quanto mais baixa o hormônio masculino, pior é a sobrevida. Por isso, estes pacientes tem mais coronariopatia que os com testosterona normal. Ou seja, eles apresentam mais placas de aterosclerose, inclusive com mais doenças coronarianas. A normalização do hormônio masculino diminuiu o risco nestes pacientes e a mortalidade foi semelhante aos com testosterona normal.
O nível baixo está associado ao aumento da incidência de doença cardiovascular e mortalidade. A reposição de testosterona em homens com hipogonadismo tem um efeito positivo sobre a função cardiovascular e melhora os resultados clínicos e a sobrevida. Contudo, em doses suprafisiológicas, o andrógeno possa ter um efeito tóxico. Contudo, em níveis fisiológicos, a testosterona é segura e com efeito benéfico na função miocárdica, nos mecanismos celulares e/ou mitocondrial. Todo o sistema cardiovascular é beneficiado pela ação sistêmica da testo. Saiba mais sobre doenças associadas a deficiência de testosterona.
O aumento da testosterona sanguínea pode ser aumentada com droga que não apresenta efeitos colaterais, deixando a testosterona em um nível fisiológico que pode beneficiar vários aspectos clínicos, físicos e mentais do pacientes com hipogonadismo. Sua ação pode ser observada 10 dias depois do seu uso diário.
Desta maneira, o programa de reabilitação cardíaca na insuficiência cardíaca congestiva é profundamente influenciado pelo nível adequado de testosterona. A evidência clínica mostrou que a terapia com reposição da testosterona é segura e não suporta riscos de saúde aumentados. Conheça mais no guideline da EUA.
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