A testosterona e diabetes aparentemente não parecem ter nada a ver. Um hormônio produzido nos testículos e outro pelo pâncreas. Será mesmo? A queda sanguínea da testosterona causa o hipogonadismo e piora o diabetes. Essa associação causa profundas alterações clínicas causando queda importante da qualidade do paciente. Então, entenda mais.
Pesquisas mostram que o baixo níveis de testosterona causa o hipogonadismo e piora o diabetes.
A deficiência de testosterona causa uma síndrome clínica. É diagnosticada por sinais e sintomas do hipogonadismo e baixos níveis de testosterona.
A testosterona é um hormônio esteroide com muitas funções fisiológicas na regulação do metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos. A testosterona é crucial para modular a estrutura e a função muscular. Além disso, regula a adipogênese. A testosterona é um hormônio metabólico necessário para manter a função fisiológica da saúde masculina.
Uma grande quantidade de estudos mostram que testosterona está relacionada a baixa está associada à resistência à insulina, daí há profunda relação da baixa de testosterona e diabetes.
Há maior risco de diabetes e síndrome metabólica, definida por:
A síndrome metabólica prediz risco de doenças cardiocirculatórias e o início do diabetes.
O tecido adiposo visceral é um intermediário importante nesta relação. A testosterona ou seu metabólito, o estradiol age em tecidos como músculo, fígado, osso ou cérebro
Pacientes com diabetes e hipogonadismo apresentam sintomas inespecíficos e relacionados com outras doenças destes homens, principalmente com o avançar da idade.
A disfunção eréctil e queda da libido em homens com diabetes tem forte associação entre estas duas entidades. Assim, cerca de 55-70% dos homens diabéticos apresentam testosterona baixa e sintomas da deficiência de testosterona.
Diabetes estão cerca de duas vezes mais propensos a ter baixa testosterona em comparação com homens normais. Por isso, a prevalência de testosterona baixa em homens com transtornos metabólicos aumenta com a idade e a obesidade.
A baixa testosterona total está associada com o aumento da mortalidade em homens diabéticos. Além disso, há diminuição significativa de eventos isquêmicos cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Por isso, há o dobro de mortalidade em comparação a homens com testosterona em níveis normais.
Pacientes com hipogonadismo e diabetes, com sintomas exuberantes devem receber de imediato terapia de reposição com testosterona. Observa-se claro benefício da melhora geral dos seus sintomas rapidamente. Entretanto, os pacientes com baixa de testosterona sem sintomas evidentes, normalmente melhoram depois de um ano da sua normalização.
O diabetes mellitus é doença lenta para sua instalação e seu tratamento deve ser de longo prazo. Assim, deve-se manter o tratamento medicamento para o diabetes, alimentação com restrição dos carbohidratos, realização de exercícios físicos rotineiros causam perda de peso. Sabe-se que com a queda do peso há aumento progressivo da testosterona, e desta maneira, melhora a sua saúde global, pois interfere diretamente nos mecanismos metabólicos e inflamatórios.
Poucos estudos existentes na literatura médica são de longo prazo. A reposição de testosterona por mais de 5 anos causa emagrecimento, diminuição do IMC e da circunferência abdominal. Além disso, há queda da glicemia e da hemoglobina glicada com a sua normalização.
Da mesma maneira, há melhora do perfil lipídico, colesterol e suas frações e triglicérides e queda dos níveis pressóricos significativamente. Portanto, é possível controlar o diabetes com a reposição hormonal. Todavia, deve ser usado por mais que 3 anos para sua remissão.
Estudos mostram que quanto menor for a testosterona, maiores são os danos cardiovasculares. Por consequência, ocorre aumento da mortalidade, tanto global como as cardiovasculares.
A reposição da testosterona pode prevenir a progressão do pré-diabetes para o diabetes. Por isso, a aderência dos pacientes para a manutenção do tratamento é fundamental para o sucesso terapêutico.
A testosterona em níveis normais diminui a hiperglicemia, a obesidade, reduz a resistência a insulina, estimula a síntese de proteína nos músculos, promovendo seu crescimento e etc. Saiba mais em: http://www.issm.info/news/review-reports/who-would-benefit-from-testosterone-therapy/
Como se pode observar, manter a testosterona normal é fundamental para que o organismo normalize a glicemia.
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http://www.issm.info/news/review-reports/who-would-benefit-from-testosterone-therapy/
https://www.drfranciscofonseca.com.br/importancia-da-testosterona-para-viver-com-saude/