Câncer de próstata de risco intermediário desfavorável
Câncer de próstata de risco intermediário desfavorável, escore de Gleason 7 (4+3), é detectado quando o paciente realiza exames para detecção do câncer.
Câncer de próstata de risco intermediário desfavorável
Câncer de próstata de risco intermediário desfavorável é detectado quando o paciente realiza exames para detecção do câncer ou por sintomas miccionais. Geralmente, estes pacientes podem ser assintomáticos ou não. Todavia, podem apresentar sinais e sintomas urinários relacionados ao trato urinário inferior (LUTS), ao componente benigno presente na próstata. A doença está confinada na próstata e não apresenta metástase. A metástase ocorre quando o câncer saiu do seu órgão de origem e está em outro. Entenda a agressividade deste grupo de risco e seu tratamento adequado.
Este artigo tem como objetivo mostrar como você tratar o paciente conforme a classificação do risco do câncer do câncer de próstata. Este artigo foram gerados conforme o pensamento de muitos especialistas em uro-oncologia sobre o assunto (NCCN, National Comprehensive Cancer Network). Para tal, se reuniram para criar as estratégias de tratamento conforme a classificação de risco da doença. O câncer de próstata de risco intermediário desfavorável é o que apresenta evolução clínica intermediária entre os de baixo e de alto risco. Contudo, com maior proximidade da evolução clínica mais desfavorável, em direção aos pacientes portadores de câncer de alto risco.
Classificação do câncer de próstata de risco intermediário desfavorável
O câncer de próstata de risco intermediário desfavorável é classificado quando preenche todas as seguintes características e sem exceção. Portanto, todas tem que estar presentes:
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- Estadio clínico T2b-T2c EC T2b: tumor envolve mais da metade de um lobo mas não os dois lobos posteriores; EC T2c: Tumor envolve ambos os lobos. Portanto, o toque retal ou exame digital da próstata apresenta nódulo endurecido. Assim, podem ser confirmados pela ressonância nuclear magnética multiparamétrica e
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- Grupo grau 2 ou 3: o escore de Gleason 7 (3+4) na biopsia de próstata e
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- PSA de 10 a 20 ng/mL e
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- Mais de 50% de câncer dos fragmentos apresentam câncer de próstata.
Anatomopatológico com escore de Gleason 7 (4+3)
O paciente é classificado como escore de Gleason 7 (4+3) na biopsia, portanto do grupo grau 2 ou 3. Portanto, quando o câncer de próstata tem na análise do patologista, o Gleason primário 4 em maior proporção que o 3. na prostatectomia radical. Seu diagnóstico anatomopatológico vê maior quantidade de Gleason primário 4 que 3.
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- Clinicamente, o adenocarcinoma de risco intermediário desfavorável, tem escore de Gleason 7 (4+3). Portanto, é um câncer de próstata mais agressivo que o paciente com escore de Gleason 7 (3+4). Portanto, confere pior sobrevida no seguimento tardio desses pacientes. A sobrevida em 10 anos após a prostatectomia radical é de 50% quando os pacientes são avaliados apenas pelo escore de Gleason 7 (4+3).
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A estratégia de tratamento deve ser discutida conforme a sua expectativa de vida. Assim, a expectativa de vida está relacionada a sua idade e também depende de outras doenças clínicas associadas. As vezes, doenças como a hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, coronariopatia e outras podem apresentar mais risco para sua vida do que o câncer de próstata diagnosticado.
Condutas de tratamento do câncer de próstata de risco intermediário desfavorável
Anos de expectativa de vida | Quais são as opções de tratamento |
Expectativa de vida menor que 10 anos |
Radioterapia Radioterapia externa + terapia anti-androgênica por 4-6 meses Radioterapia externa + Braquiterapia com ou sem terapia anti-androgênica por 4-6 meses Observação |
Maior que 10 anos | Tratamento cirúrgico Prostatectomia radical com linfadenectomia se o risco de comprometimento linfonodal for maior que 2% Radioterapia Radioterapia externa Braquiterapia Radioterapia externa + terapia anti-androgênica por 4-6 meses Radioterapia externa + braquiterapia com ou sem terapia anti-androgênica por 4-6 meses |
Observação
Pode ser uma opção se a sobrevida estimada for menor que 10 anos. O câncer neste período pode não acarretar problemas clínicos. Caso ocorra sintomas pode-se tratar com hormonioterapia. O seguimento deve ser feito com toque e PSA.
Active surveillance
Ela não é uma opção recomendada para pacientes deste grupo de risco.
Radioterapia e a prostatectomia no câncer de próstata de risco intermediário desfavorável
Ambas podem tratar os pacientes do risco intermediário desfavorável com curabilidade de 50% em 10 anos depois do tratamento instituído. A hormonioterapia pode ser adicionada em curso curto de tempo com melhora para os pacientes submetidos a radioterapia. Assim, pode ser usado o agonista de LHRH sozinho ou anti-andrôgeno periférico. A linfadenectomia pélvica deve ser feita se a chance de comprometimento linfonodal for maior que 2%. Assim, analisa-se a peça da cirurgia para estimar o verdadeiro tamanho da neoplasia dentro da próstata, se há comprometimento das vesículas seminais e linfonodos.
A definição da doença é fundamental para avaliar a agressividade da doença. Desta maneira, é possível escolher a forma mais segura para tratar o câncer de próstata. Portanto, deve-se preferir o tratamento com os melhores resultados clínicos e menores complicações. Elas quando ocorrem são de difícil tratamento. Além disso, pioram a qualidade de vida dos pacientes. Assim sendo, saber entender a doença é fundamental para o correto planejamento do tratamento.
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Referência
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/prostate.pdf
https://www.nccn.org/patients/guidelines/prostate/2/index.html