Testosterona e vida saudável

O nível de testosterona, assim como os demais hormônios do corpo humano, deve estar dentro da normalidade para que se ter uma vida saudável.

O nível de testosterona e os demais hormônios devem estar normais para que viver a plenitude de saúde.

O avançar dos anos causa alterações fisiológicas incontestáveis, inclusive dos níveis de testosterona. Por isso, quanto uma criança e um idoso em sua plenitude de saúde são diferentes! Durante a vida vivemos dentro de certa limitações, mas no envelhecimento há claras restrições na atividade física e mental. Dessa maneira, envelhecer com saúde é fundamental. As ações de dia a dia, desde a infância refletirá no futuro da nossa saúde.

As interferências do meio ambiente, sejam alimentares, prática de exercícios, qualidade do ambiente onde vivemos provocam mudanças no metabolismo corporal. Todavia, o conhecimento da fisiologia pode ser restaurado com medidas terapêuticas e com consequente melhoria da qualidade de vida. Entretanto, apesar do envelhecimento ser um processo natural, pode ser melhorado com intervenções pelo melhor conhecimento médico.

O que é um hormônio?

Hormônios são moléculas que são produzidas em glândulas que atuam a distância em outras glândulas ou órgãos. Estas moléculas se acoplam a receptores específicos para produzirem seus efeitos para manter o equilíbrio do corpo.

Normalmente um controla o outro por meio das oscilações hormonais que ocorrem no sangue.

Quando há queda no sangue a outra glândula é estimulada a produzir novas moléculas que vão manter a homeostasia.

Por isso, não se pode viver em desequilíbrio e quando este ocorre há consequências na saúde. Muitas vezes, de maneira lenta e progressiva. As vezes, quase imperceptível. Todavia, intervenções terapêuticas podem normalizar o desequilíbrio.

Portanto, compreender a fisiologia é fundamental para o sucesso terapêutico proposto.

A testosterona é imprescindível para viver em plenitude.

Funções do hormónio esteroide

A testosterona é um hormônio esteroide com múltiplas funções fisiológicas para regulação do metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos.

A testosterona age em muitos órgãos, na pele, genitália externa e interna, músculo estriado, incluindo o miocárdio. Ainda mais, gordura corporal, ossos, produção de glóbulos vermelhos, rins, sistema nervoso central. Incluindo nos sentimentos de agressividade, depressão, competitividade, falta de energia e no sono.

A sexualidade e a qualidade erétil estão diretamente relacionada a produção de testosterona. O seu aumento ou diminuição da provocam mudanças deletérias ao organismo, sendo que ambas devem ser evitadas. Portanto, os sintomas gerais, as vezes sutis, podem revelar que algo está anormal no organismo. Por isso, ao progredirem os danos podem causar sequelas que prejudicarão a saúde.

Em medicina, muitos sintomas podem ser causados por desajustes que ocorrem em diversos órgãos. Assim, uma análise criteriosa pode levar ao diagnóstico. Por esta razão, o conhecimento da fisiologia é importante para o diagnóstico da doença.

Hipogonadismo laboratorial

O hipogonadismo é a diminuição da produção dos espermatozoides e/ou da testosterona. Uma relacionado a perpetuação da espécie e outro com a manutenção do estado físico masculino. Após os 40 anos a sua queda é de 1% por ano.

Em homens entre 40-79 anos, o limiar para testosterona total foi de

  • 13 nmol/L (552,5 ng/mL) para diminuição vigor físico,
  • 11 nmol/L (467,5 ng/mL) por diminuição da frequência de ereções matutinas,
  • 8,5 nmol/L (361,25 ng/mL) para disfunção erétil e
  •  8 nmol/L (340 ng/dL) para a diminuição da frequência de pensamentos sexuais.

(dados expressos em 2 diferentes métricas vistas em exames feitos no Brasil)

No homem mais velho, a concentração de testosterona deve ser menor que a dos mais jovens, de 500 a 600 ng/dL, ao invés de 600 a 700. Desta maneira, se minimiza o risco de efeitos colaterais ou doenças causadas por níveis extremos desse hormônio.

Ao exame físico do hipogonadismo

Sinais e sintomas clínicos sugestivos da deficiência de testosterona:

  • Volume reduzido do testículo, infertilidade masculina, diminuição da pilificação, ginecomastia, diminuição da massa corporal magra e força muscular. Além disso, obesidade visceral, síndrome metabólica, diabetes mellitus tipo 2, osteoporose com fraturas de baixo impacto e anemia leve.

Sintomas sexuais:

  • redução do desejo sexual e da atividade sexual, disfunção erétil, menos e fracas ereções noturnas.

Sintomas cognitivos e psicoativos:

  • ondas de calor (fogachos), mudanças no humor, fadiga, raiva, distúrbios do sono, depressão, diminuição da função cognitiva (raciocínio lógico).

Sinais e sintomas mais importantes do hipogonadismo

Os indicadores mais forte para o hipogonadismo foram três sintomas sexuais:

  • diminuição de pensamentos sexuais,
  • ereções matinais enfraquecidas e
  • disfunção erétil.

Ao laboratório, a testosterona total deve ser menor que 8 nmol/L ou no intervalo de 8-11 nmol/L (231-467,5 ng/mL) com testosterona livre menor que 220 pmol/L. Contudo, esses dados são baseados em amostras dosadas pela manhã, quando as médias são mais elevadas.

Este hormônio é produzida mais na madrugada e se mantém elevada pela manhã. Por esta razão é fundamental uma noite de bom sono. Saiba mais em: https://uroweb.org/guideline/male-hypogonadism/

Reposição hormonal masculino

A reposição da testosterona ou com droga que estimule sua produção pelo testículo. Esta é a que considero mais fisiológica e mais efetiva.

Pode apresentar vários benefícios em relação à composição corporal, controle metabólico, parâmetros psicológicos e sexuais. Há correlação entre os níveis de testosterona fisiológicos restaurados com melhoria da massa muscular, da força das pernas e volume muscular do quadríceps, entre outros.

Os seus efeitos benéficos interferem positivamente no equilíbrio do organismo, incluindo o coração e sistema circulatório. Além disso, até mesmo no sistema imunológico tem ação benéfica, melhorando nossas defesas.

Atualmente se sabe da que é fundamental para controle da gordura, proteínas e carbohidratos. Assim, reduz a obesidade, o diabetes, baixa os níveis de colesterol e triglicerídeos e melhora a massa muscular. Entretanto, estes benefícios não ocorrem em reposição de breve duração. Os seus efeitos mais expressivos são observados pela manutenção da testosterona dentro da normalidade depois do primeiro ano. É uma melhora progressiva, porém efetiva. Saiba mais sobre testosterona e diabetes.  

Alguns benefícios da normalização dos níveis da testosterona podem ser observados em dias e durante o primeiro mês do tratamento. Entretanto, a normalização metabólica, com impacto inclusive na sobrevida global, requer anos de normalidade dos níveis de testosterona para serem atingidos. Saiba mais sobre a reposição de testosterona

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Referências

https://drauziovarella.uol.com.br/tag/hipogonadismo/

https://www.drfranciscofonseca.com.br/importancia-da-testosterona-na-obesidade/

https://drauziovarella.uol.com.br/drauzio/artigos/reposicao-de-testosterona-2/

https://uroweb.org/guideline/male-hypogonadism/

 

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