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Importância da testosterona para o coração

A importância da testosterona para o coração é pouco conhecida até pelos cardiologistas. A testosterona age diretamente na musculatura estriada e inclusive no coração. A sua queda causa perda de massa e atrofia muscular, com consequente diminuição da força muscular.

A testosterona age diretamente e/ou nos receptores de membrana na musculatura estriada do nosso organismo e inclusive no coração. A queda da testosterona sanguínea faz com que a musculatura perca da massa, com consequente atrofia muscular.

Sua reposição melhora a força muscular e o performance físico do organismo. A normalização da testosterona em pacientes hipogonádicos aumenta a síntese proteica e a hipertrofia do músculo cardíaco.

No pós-infarto agudo do miocárdio, a suplementação de testosterona aumenta a hipertrofia do ventrículo esquerdo, ou seja, as células do miocárdio ficam mais fortes. Entretanto, não aumenta o colágeno (tecido fibroso), mas aumenta a expressão da miosina, diminui a miosina. Por isso, melhora a função cardíaca por diminuir a injúria do cardiomiócito (célula muscular do coração).

A reposição hormonal não aumentou a massa do miocárdio. O aumento da testosterona diminui a duração do intervalo de QT no eletrocardiograma. A baixa da testosterona aumenta a fibrilação atrial que prejudica a função cardíaca. A reposição da testosterona a previne.

A reposição hormonal não aumenta a fração da ejeção do ventrículo esquerdo, ou seja, o volume de sangue ejetado pelo coração. Entretanto, aumenta a capacidade respiratória no exercício e melhora a capacidade física de forma significativa.

Os efeitos agudos da reposição da testosterona nos vasos sanguíneos (que ocorre de minutos a horas) são: 

melhora da função endotelial, redução da resistência periférica, 
redução da rigidez arterial e facilita a vasodilatação coronariana (vasos que irrigam o coração).
Os efeitos crônicos da reposição da testosterona ocorrem de semanas a meses. São  observados benefícios na melhora da função sistólica/diastólica, fração de ejeção, no perfil lipídico anti-aterogênico, redução da espessura da gordura epicárdica (gordura que envolve o coração), redução dos marcadores inflamatórios, redução da pressão sanguínea e frequência cardíaca, redução da espessura da íntima e média da carótida, melhora da reatividade vascular, da resistência insulínica, da tolerâncias aos exercícios físicos na insuficiência cardíaca. Por consequência, há redução da carga dos fatores de risco cardiovasculares associados a morte.

A reposição da testosterona melhora a insuficiência cardíaca


A reposição da testosterona diminui quatro vezes a readmissão hospitalar em pacientes com insuficiência cardíaca grave em 1 ano. De 80% de readmissão nos pacientes sem reposição e de 20% com reposição. Assim, no mesmo período melhorou de forma significativa a mortalidade neste período, de 55% sem reposição para 20% com reposição.

A testosterona, tanto abaixo como acima da normalidade é fator de risco para acidente vascular cerebral e isquemia do miocárdio. Os pacientes com testosterona baixa, o risco foi ainda maior, duas vezes mais que a testosterona normal. Neste estudo considerou normal a testosterona entre 400 e 600ng/mL.

Portanto, para promover a saúde do paciente deve-se repor a testosterona, para o normal para sua idade. Quando se eleva a testosterona acima do normal, há risco importante que efeitos colaterais causem dano ao sistema circulatório.

A mortalidade em homens hipogonádicos em seguimento de 8 anos foi de 45%. Enquanto que nos com testosterona normal foi de 28%. Em vários estudos a mortalidade foi o dobro em pacientes com hipogonadismo. Portanto, quanto mais baixa a testosterona, pior é a sobrevida. Estes pacientes tem mais coronariopatia que os com testosterona normal. Assim, a reposição hormonal diminuiu o risco nestes pacientes e a mortalidade é semelhante aos com testosterona normal. 

Cuidados com o uso de testosterona nos fisiculturistas

Hoje se vê com certa frequência jovens com músculos desenvolvidos por atividade fisiculturista. Portanto, quando usam testosterona sem orientação, têm enorme risco de apresentem quadro isquêmico, tanto cardíaco como cerebral. Pacientes que recebem testosterona ou anabolizantes exógenos causam dano direto ao testículos. Assim, passam a não produzir mais testosterona e se atrofiam. Estes pacientes geralmente se tornam estéreis pela atrofia progressiva testicular. Por isso, cuidado aos adeptos da reposição sem critérios médicos!

A reposição da testosterona deve ser contra-indicada em homens com seus níveis dentro da normalidade para sua idade.

Existem muitas causas de doenças que levam a queda da testosterona nos pacientes e as mais frequente são as do testículo. Doenças comuns, como as infecções nos testículos, causadas principalmente por complicações de uretrite de origem venérea ou por infecções do trato urinário inferior.
Testosterona e varicocele
A varicocele não tratada e a caxumba causam atrofia nos testículos. O mesmo pode ocorrer após trauma testicular. As células que produzem a testosterona são lesadas e diminuem em número. Há em torno de 500 milhões de células de Leydig que produzem 95% da testosterona do nosso organismo. A varicocele geralmente é assintomática e ocorre em 15% dos homens. 

Pacientes submetidos a correção de varicocele melhoram a quantidade e qualidade do sêmen. Assim, melhoram sua fertilidade. A correção da varicocele impede o dano do testículo e melhora a produção da testosterona durante seu envelhecimento.


Baixa de testosterona e envelhecimento


Pacientes hipogonádicos envelhecem mais rapidamente. Eles tem aparência mais envelhecida que homens normais. Pouca atenção ao volume e textura dos testículos durante um exame de rotina é dispensada pelos médicos em geral. Entretanto, esta glândula tem impacto importante para que não ser avaliada adequadamente. Por isso, deve-se avaliar a funcionalidade com exames laboratoriais.

Tanto pacientes como médicos devem ficar atentos, pois sintomas clínicos de baixa energia. Geralmente apresentam<em> insônia, sonolência diurna, cansaço, piora do raciocínio, nervosismo, perda da libido, das ereções matinais e dificuldade para manter a ereção no coito. Além disso, apresentam esquecimento e depressão.

Poucos pacientes tem sintomas semelhantes aos fogachos das mulheres na menopausa. Muitos pacientes usando antidepressivos estão na verdade sofrendo dehipogonadismo. O que é pior, quando usados antidepressivos, estes pioram mais o. hipogonadismo. Os pacientes pioram sua condição clínica, tornando-se afastados do convívio social ainda mais.
A reposição hormonal só pode ser feita se a testosterona estiver dentro da normalidade para a idade do paciente investigado! Os remédios que agem nas células produtoras de testosterona é melhor que a reposição exógena. A última atrofia os testículos a longo prazo.

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Referências

https://www.auanet.org/guidelines/evaluation-and-management-of-testosterone-deficiency/

https://www.auanet.org/guidelines/evaluation-and-management-of-testosterone-deficiency/

https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(17)30824-8/

https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(17)30824-8/

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